Mariquices

Fico puta quando vejo mais um álbum de fotos no Facebook, ou mais um título de um post num blog, que se resuma a ou mesmo inclua uma destas palavras - "detalhes" e/ou "momentos". Já para não dizer que a coisa descamba para a mais pura e delirante imbecilidade quando são adjectivadas com "pequenos" ou "simples".

VÃO-SE ENCHER DE MOSCAS.

Demais!

Tropecei há dias neste anúncio da Dior e, mal vi a posição da mãozinha da Dona Moss -

- cá está ela, com aquela serenidade bizantina que ela tem - veio-me imediatamente à cabeça isto:

E pensei, wow, que giro, a Kate Moss a fazer aquela posição das mãos que, em iconografia religiosa, significa que a figura está a falar ou a evangelizar ou a comunicar de alguma forma (bem que podia ter estado um nadinha mais atenta nas aulas...). Só depois é que vi o slogan 'Be iconic', e percebi o quão bem esgalhada está esta cena. Fogo, esta malta não brinca. BRA-VO.

Ah, e este é de ontem.

Tenho a noção de às vezes não modero bem o 'salero' quando me arranjo para ir trabalhar. A minha sorte é que trabalho num sítio giro que tolera bem estas coisas.

Top FCUK, calças Zara do ano passado.

Day off

Eram 8:30 da manhã e eu tinha duas hipóteses:

a) manifestar o mau feito com que sou agraciada todas as manhãs, desde que me lembro de ser gente
b) fazer fotos com efeitos especiais, sem qualquer razão aparente.

 

Ok, agora sem pantominices: 

 

Top Chinti & Parker, calças Zara velhotas e as minhas good ol' Converse. Uma cena descomplicada para um dia de férias.

Versailles

Um blog pessoal não é sítio para se falar de trabalho, mas foram tão incríveis estas últimas semanas, a contribuir para um dos mais extraordinários momentos na carreira de um artista, que não há como não me encher de orgulho e da sensação boa de um dever bem cumprido.

De qualquer maneira, aí vão umas imagens dos últimos dias. Não vou pôr da exposição, que dessa já circulam muitas (e lindas de morrer!) pela net e na imprensa.

Este vestido giro é do Filipe Faísca (tão giro que quase ofusca a bagunça lá atrás). Fui à loja dele na Calçada do Combro a achar que ia escolher um vestido e, vai-se-a-ver, foi o vestido que me escolheu a mim. Gosto de usar com sandálias de sola de cortiça, tem qualquer coisa a ver com a textura do estampado. Usei no dia da conferência de imprensa em Versailles, já que tanto dá para ir jantar a um sítio giro como para trabalhar. 

Nesta foto péssima vê-se o vestido de padrão floral que usei na inauguração. Apanhei-o num cantinho com saldos na Stivali e nem queria acreditar! Parecia um quadro impressionista! Só precisou de uns arranjos na cintura e no comprimento do tronco (sou baixota, so what?), e siga. As sandálias são Jimmy Choo e a carteira é foi esta aqui: 

Pus um relógio do meu pai (gosto muito de relógios de homem), um anel e uns brincos discretos , já que o vestido tinha tanta informação, baton e unhas cor de cereja e 'tá a andar de mota.


A festa foi linda, estávamos todos muito giros (colegas homens de fatos Dino Alves, e as meninas de Filipe Faísca e Storytailors), e, para arrasar completamente com aquela malta, o chef José Avillez preparou um jantar magnífico e ainda tivemos direito a muitos arrepios e nós na garganta, cortesia da Mariza. Que dia incrível!!

 

 Madame!

Foi bonita a festa, pá.

Olympia le Tan

Olympia le Tan by anapprodrigues featuring clutch handbags

As botas da Maya.

Vamos discutir um assunto que muito me tem inquietado:

AS BOTAS DA MAYA.

Há alguém desse lado que consiga traduzir esta imagem em palavras? Eu sou daquelas pessoas que precisa de racionalizar aquilo que as tormenta, pelo que percebi, no momento em que vi estas botas (como é que ela consegue sorrir com isto calçado??????) que tinha duas hipóteses: a) terapia até ao fim dos meus dias ou b) tentar com cada fibra do meu ser perceber o que ali se passou.

 Parece-me, então, que foi assim: a Maya pensou 'raisparta, o que é que uma pessoa veste para ir ao Rock in Rio?? Moi, la Maya, a bruxa da TV com um programa diário, como devo apresentar-me sem comprometer o meu  estilo pessoal arrojadérrimo, e de maneira a não me diferenciar assim muito das miúdas giras e boas com menos 20 anos que eu, mas com as quais eu quero competir só porque não aceito que já passei o prazo de validade?'

Como sempre, a resposta estava no baralho de Tarot. Até a estou a ver com os olhos esbugalhados de satisfação quando lhe saiu esta: 

Aí a Maya percebeu a mensagem que o cosmos lhe acabara de enviar. 'Maya, filha, tu precisas de uma cena que seja 'down with the kids', mas não te esqueças que bruxa que é bruxa não sai de casa sem as clássicas botas uber-pontiagudas. Vai assim que vais bem!', disse-lhe o cosmos.

Deixo-vos agora a sós com esta visão do Apocalipse. Há coisas que nunca deviam ter visto a luz do dia: a bomba atómica, o Pedro Granger a tentar ser apresentador de um concurso de cultura geral, e a Maya convencida que é a rainha da cocada preta com o calçado mais cafona de todo o sempre.

God save us all. Rezemos para que a moda não pegue.