Sunday, 23 October 2011
The Tuck
Pois é, agora a cena são as camisas. E toda a gente sabe que as camisas implicam uma série de questões - fralda por fora? Fralda por dentro? Fralda entalada só a meio com o resto a cair um bocado à toa? Atado na cintura? Decisions, decisions...
Esta é, portanto a grande, a imensa e pesadíssima questão que tira o sono a todo o usador de camisa. Eu, depois de muito indagar, lá optei pelo tuck da moda: meio fora, meio dentro. Phew!
Mas primeiro vamos ver uma senhora gira cujo nome não decorei a fazer isto bem feito:
Diz o Net-A-Porter (Hi, Net-A-Porter! Love you, Net-A-Porter! *wink wink*) que esta tendência (odeio esta palavra) 'is all about considered nonchalance'. Parece-me uma excelente definição da coisa: uma cuidadosa despreocupação. Agora, é claro que uma pessoa passa meia hora em frente ao espelho a entalar de um lado, a soltar do outro, a ver se não fica esquisito atrás, enfim, a coisa requer alguma sensibilidade, pelo que de descuidado tem na verdade muito pouco.
E agora eu a fazer o melhor que posso:
Cá está: a cena da fralda (vulgo tuck) resolvida. Fui trabalhar achando que estava razoavelmente fixe. A camisa é Zara, já com alguns anos, as calças são Zara (desta estação, a última compra antes da minha decisão - que estou a cumprir, ficam a saber - de não comprar mais fast fashion), as sabrinas pretas velhotas são Primark e a carteira é vintage, comprada lá nos meus tempos de estudante nas Inglaterras.
Esta é, portanto a grande, a imensa e pesadíssima questão que tira o sono a todo o usador de camisa. Eu, depois de muito indagar, lá optei pelo tuck da moda: meio fora, meio dentro. Phew!
Mas primeiro vamos ver uma senhora gira cujo nome não decorei a fazer isto bem feito:
Diz o Net-A-Porter (Hi, Net-A-Porter! Love you, Net-A-Porter! *wink wink*) que esta tendência (odeio esta palavra) 'is all about considered nonchalance'. Parece-me uma excelente definição da coisa: uma cuidadosa despreocupação. Agora, é claro que uma pessoa passa meia hora em frente ao espelho a entalar de um lado, a soltar do outro, a ver se não fica esquisito atrás, enfim, a coisa requer alguma sensibilidade, pelo que de descuidado tem na verdade muito pouco.
E agora eu a fazer o melhor que posso:
Cá está: a cena da fralda (vulgo tuck) resolvida. Fui trabalhar achando que estava razoavelmente fixe. A camisa é Zara, já com alguns anos, as calças são Zara (desta estação, a última compra antes da minha decisão - que estou a cumprir, ficam a saber - de não comprar mais fast fashion), as sabrinas pretas velhotas são Primark e a carteira é vintage, comprada lá nos meus tempos de estudante nas Inglaterras.
Saturday, 22 October 2011
Sunday, 16 October 2011
prints and nude shoes
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Yves Saint Laurent
Saturday, 15 October 2011
Brinquedo novo!
Nota-se muito que descobri o Polyvore? Dá para juntarmos aqueles sapatos que custam 5039459837409587 euros e juntá-los àquele vestido que apenas vimos em sonhos e até, porque não, ao nosso colarzeco Chopard preferido!
Eu, que adoro coisas e roupa e m**** afins, e diria mesmo que gosto tanto de olhar para elas que esse detalhe de não as poder ter é mesmo só isso (um detalhe), que arriscaria dizer que este é o meu novo hobby preferido. Yay!
www.polyvore.com
Eu, que adoro coisas e roupa e m**** afins, e diria mesmo que gosto tanto de olhar para elas que esse detalhe de não as poder ter é mesmo só isso (um detalhe), que arriscaria dizer que este é o meu novo hobby preferido. Yay!
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Starry, starry night
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Tuesday, 11 October 2011
I shop therefore I (forget who I) am.
Querida Zara,
Obrigada por tudo. Por trazeres ao meu armário todos os Miu Mius, Guccis e Balmains que nunca pude comprar, por satisfazeres os meus impulsos irracionais de consumo e por melhorares um bocadinho dias tristes e desanimados em troca de uma fracção do meu disposable income. Foste minha amiga quando precisei de um trapinho de poliéster feito no Vietname que, num certo contexto, me permitiu aparecer em festas a parecer uma musa de Dolce & Gabbana. Os teus designers são pesquisadores exímios. As tuas lojas são templos de inspiração irrepreensíveis (nota: se bem que o chão dos teus provadores poderiam ter um bocado menos cabelos e cotão).
Foram anos inesquecíveis que me atolharam o armário de tralha que usei meia dúzia de vezes e da qual me fartei porque, semana após semana, as tuas montras me acenaram com coisas ainda mais giras. E assim me fui viciando nas tuas pechinchas, que, parece que por magia, perdem todo e qualquer interesse depois de as usar três ou quatro vezes.
Tendo tido a felicidade e a clarividência deste terrível ciclo vicioso, decidi reabilitar-me. Não te vou visitar mais. E tu estás mesmo aqui ao lado de casa! Não te vou visitar a ti nem às tuas amiguinhas da família Inditex. O Amâncio já está podre de rico e já não precisa dos meus euros.
Como tal, resolvi assumir um compromisso: vou passar a comprar menos e melhor. Por exemplo, em vez de te comprar 3 pares de botas a 70 euros cada, vou comprar estas Hunter, que - imagine-se - são giras e muito práticas e custam 200€:
Vou fazer ainda outra coisa: olhar bem para o meu armário e vou tirar muito mais partido do que já tenho, especialmente das peças que não te comprei a ti e que estão escondidas por baixo dos teus farrapos.
Foi muito bom, e tal, mas não vai dar mais. Escusas de te esforçar e de esfregar na minha cara as tuas deliciosas imitações a preços baixos. Tu dás cabo de toda uma indústria e não passas de uma raposa ardilosa, que, ao prometer chiqueza por 29,99€, me leva centenas e centenas de euros a cada estação.
Have a nice life!
APPR
Obrigada por tudo. Por trazeres ao meu armário todos os Miu Mius, Guccis e Balmains que nunca pude comprar, por satisfazeres os meus impulsos irracionais de consumo e por melhorares um bocadinho dias tristes e desanimados em troca de uma fracção do meu disposable income. Foste minha amiga quando precisei de um trapinho de poliéster feito no Vietname que, num certo contexto, me permitiu aparecer em festas a parecer uma musa de Dolce & Gabbana. Os teus designers são pesquisadores exímios. As tuas lojas são templos de inspiração irrepreensíveis (nota: se bem que o chão dos teus provadores poderiam ter um bocado menos cabelos e cotão).
Foram anos inesquecíveis que me atolharam o armário de tralha que usei meia dúzia de vezes e da qual me fartei porque, semana após semana, as tuas montras me acenaram com coisas ainda mais giras. E assim me fui viciando nas tuas pechinchas, que, parece que por magia, perdem todo e qualquer interesse depois de as usar três ou quatro vezes.
Tendo tido a felicidade e a clarividência deste terrível ciclo vicioso, decidi reabilitar-me. Não te vou visitar mais. E tu estás mesmo aqui ao lado de casa! Não te vou visitar a ti nem às tuas amiguinhas da família Inditex. O Amâncio já está podre de rico e já não precisa dos meus euros.
Como tal, resolvi assumir um compromisso: vou passar a comprar menos e melhor. Por exemplo, em vez de te comprar 3 pares de botas a 70 euros cada, vou comprar estas Hunter, que - imagine-se - são giras e muito práticas e custam 200€:
Vou fazer ainda outra coisa: olhar bem para o meu armário e vou tirar muito mais partido do que já tenho, especialmente das peças que não te comprei a ti e que estão escondidas por baixo dos teus farrapos.
Foi muito bom, e tal, mas não vai dar mais. Escusas de te esforçar e de esfregar na minha cara as tuas deliciosas imitações a preços baixos. Tu dás cabo de toda uma indústria e não passas de uma raposa ardilosa, que, ao prometer chiqueza por 29,99€, me leva centenas e centenas de euros a cada estação.
Have a nice life!
APPR
Nem a propósito, esta obra da genial Barbara Kruger (que eu adoro de paixão).
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